Fibromialgia


Há mais de 5 anos convivo com uma doença crônica que, quando em crise, me prostra. Sinto dores incapacitantes alguns dias e, outros dias, dores mais "fraquinhas"... todos os dias são assim. Não sei mais o que é uma vida sem dor.

Tenho insônia, insônia causa mais dor e isso vira um ciclo vicioso. O descanso não resolve o cansaço. E uma loteria... dormir e acordar melhor ou pior... uma verdadeira roleta russa.


É um cansaço que não passa, mesmo depois de dormir a noite toda. É esquecer palavras simples no meio de uma conversa. E viver tentando explicar o que muitas vezes nem eu entendo direito.


Acordar de manhã é um desafio. Os músculos doem como se tivesse passado a noite inteira fazendo exercícios pesados... se tivesse capinado 400 lotes. A fadiga não é apenas cansaço; é uma exaustão profunda, como se o corpo estivesse sempre no limite.


Mesmo tarefas simples, como pentear o cabelo ou subir alguns degraus, às vezes se tornam obstáculos.

Sou vulnerável à fibromialgia, mas, também, tenho poder sobre ela... é exatamente como Lenine canta:


"Eu posso até ir ao fundo De um poço de dor profundo

Mas volto depois sorrindo

Em tempos de tempestades

Diversas adversidades

Eu me equilibro e requebro

É que eu sou tal qual a vara

Bamba de bambu-taquara

Eu envergo, mas não quebro"


A fibromialgia tem tantos sintomas que já nem sei mais como descrevê-los e até prefiro não me aprofundar neles. Não importa se ela me derruba ou não... se me abala ou não, só sei que sempre levanto.

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